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Você sabe o que são indicadores de sustentabilidade e sua importância na construção civil? Nesse post, iremos te mostrar alguns dos indicadores de sustentabilidade mais conhecidos em âmbitos mundial e nacional.
A indústria da construção civil é uma grande geradora de desenvolvimento econômico, representando 8% do PIB do Brasil. Contudo, é um dos setores que mais consome recursos naturais e gera resíduos sólidos.
Com a crescente conscientização da sociedade frente à crise ambiental, é essencial que o mercado da construção inclua definitivamente os indicadores de sustentabilidade em seus projetos. Essa decisão beneficiará as presentes e futuras gerações. Também resultará em economia e vantagens competitivas, além de favorecer sua imagem institucional.
O que são indicadores de sustentabilidade?
Os indicadores de sustentabilidade são parâmetros ou valores, baseados em dados científicos, que fornecem informações sobre certos fenômenos. Na indústria da construção civil, servem para analisar as modificações que determinada atividade gera em todo o ciclo de vida do empreendimento.
Tais indicadores ajudam a calcular os impactos ambientais e socioeconômicos de empreendimentos da construção civil. Com base nessas métricas, os gestores podem desenvolver estratégias de desenvolvimento sustentável mais eficazes.
Como surgiram os indicadores de sustentabilidade?
Os indicadores de sustentabilidade começaram a surgir em meados da década de 1980, na Europa. Porém foram oficialmente incluídos na pauta das nações a partir da Agenda 21.
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ONU
A Organização das Nações Unidas (ONU) começou a desenvolver indicadores de sustentabilidade a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano (UNCED). O evento foi realizado em Estocolmo, em 1972.
Vinte anos depois, na Rio-92, no Rio de Janeiro, foi criada a Comissão das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável (CSD). Entre 1995 e 2000, o órgão realizou um programa de trabalho, dividido em 3 partes, para estabelecer indicadores de desenvolvimento sustentável.
Esse trabalho originou 57 indicadores, divididos em 15 temas e 38 subtemas, publicados com o título Indicators of sustainable development: guidelines and methodologies (Nações Unidas, 2001).
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Agenda 21
A Agenda 21 foi um dos principais resultados da Rio-92. Esse documento definiu a prioridade de cada país analisar como os governos, empresas, ONGs e demais setores da sociedade poderiam colaborar para a solução dos problemas ambientais. Foi um marco, reunindo orientações quanto ao desenvolvimento e à implementação de indicadores de sustentabilidade.
Hoje, cada país desenvolve a sua própria Agenda 21. No Brasil, as discussões são coordenadas pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável (CPDS) e da Agenda 21 Nacional.
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD)
Fundada em 1961, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) começou a publicar indicadores ambientais em 1989.
Com sede em Paris, França, a OECD é composta por 35 países. Trata-se de uma organização comprometida com economias de mercado em democracias representativas.
Uma das missões da OECD é propor políticas para a solução compartilhada de problemas econômicos, sociais e ambientais, visando ao chamado “crescimento verde”.
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Indicadores de sustentabilidade no Brasil
Veja os indicadores de sustentabilidade divulgados pelos órgãos públicos com o objetivo de orientar as políticas públicas do País:
Ministério do Meio Ambiente
O Ministério do Meio Ambiente (MMA), junto a entidades parceiras, construiu os Indicadores Ambientais Nacionais, atualizando os indicadores de sustentabilidade já existentes.
Eles estão relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Trata-se de 17 Objetivos e 169 metas que deverão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação internacional até 2030.
IBGE
Em 2002, o Instituto de Geografia e Estatistica (IBGE) lançou seus primeiros indicadores de desenvolvimento sustentável. A última atualização dos dados ocorreu em 2015, com a publicação Indicadores de Desenvolvimento Sustável – Brasil 2015.
Que indicadores de sustentabilidade podem ser utilizados na construção civil?
Pode-se dizer que uma construção sustentável é aquela na qual foram adotadas, em todas as fases do projeto, medidas que visam a reduzir os impactos ambientais. Esse conceito também engloba o tempo de vida útil da obra, considerando a sustentabilidade de sua manutenção.
Uma construção sustentável deve ser baseada no chamado Tripé da Sustentabilidade, conceito desenvolvido pelo professor holandês Peter Nijkamp: ecologicamente correta, economicamente viável e socialmente justa.
Na construção civil, os indicadores de sustentabilidade de um empreendimento estão baseados nos seguintes aspectos:
- Uso do solo;
- Uso da da energia;
- Uso de recursos hídricos;
- Emissões atmosféricas;
- Lançamento de efluentes;
- Uso de matéria-prima.
Quais são as principais normas e certificações que, no Brasil, apresentam indicadores de sustentabilidade para a construção civil?
Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H)
O PBQP-H foi criado pelo Governo Federal com o propósito promover a melhoria das habitações e a modernização do setor produtivo. Os indicadores do PBQP-H contemplam:
- Indicador de geração de resíduos ao longo da obra: volume total de resíduos descartados por trabalhador por mês, medido mensalmente e de modo acumulado ao longo da obra em m³;
- Indicador de geração de resíduos ao final da obra: volume total de resíduos descartados por m² de área construída, medido de modo acumulado ao final da obra em m³;
- Indicador de consumo de água ao longo da obra: consumo de água potável no canteiro de obras por trabalhador por mês, medido mensalmente e de modo acumulado ao longo da obra em m³;
- Indicador de consumo de água ao final da obra: consumo de água potável no canteiro de obras por m² de área construída – medido de modo acumulado ao final da obra em m³ de água / m² de área construída;
- Indicador de consumo de energia ao longo da obra: consumo de energia elétrica no canteiro de obras por trabalhador por mês, medido mensalmente e de modo acumulado ao longo da obra em kWh de energia elétrica / trabalhador;
- Indicador de consumo de energia ao final da obra: consumo de energia no canteiro de obras por m² de área construída, medido de modo acumulado ao final da obra em kWh de energia elétrica / m² de área construída.
Série ISO 14000
A série ISO 14000 é um conjunto de normas desenvolvidas pela International Organization for Standardization (ISO) que estabelece diretrizes de gestão ambiental nas empresas. Elas têm o objetivo de minimizar o impacto ambiental das empresas por meio da implantação de um Sistema de Gestão Ambiental.
Para conquistar e manter o certificado ISO, a organização tem criar objetivos e metas a serem cumpridos com base em políticas ambientais e se submeter a auditorias periódicas.
Entre as diversas normas, a ISO 1431, de 2004, apresenta duas categorias gerais de indicadores a serem considerados na condução da Avaliação de Desempenho Ambiental (ADA): Indicador de Condição Ambiental (ICA) e o Indicador de Desempenho Ambiental (IDA).
Indicadores de Condição Ambiental (ICA): fornece informações sobre a qualidade do meio ambiente onde se localiza a empresa industrial, sob a forma de resultados de medições efetuadas de acordo com os padrões e regras ambientais estabelecidos pelas normas e dispositivos legais.
Indicadores de Desempenho Ambiental (IDA), que são classificados em dois tipos:
Indicadores de Desempenho de Gestão (IDG) – fornecem informações relativas a todos esforços de gestão da empresa que influenciam positivamente no seu desempenho ambiental, por exemplo, reduzindo o consumo de materiais e/ou melhorando a administração de seus resíduos sólidos, mantendo os mesmos valores de produção.
Indicadores de Desempenho Operacional (IDO) – proporcionam informações relacionadas às operações do processo produtivo da empresa com reflexos no seu desempenho ambiental, tais como o consumo de água, energia ou matéria-prima.
Certificação LEED
A certificação LEED é uma das certificações mais conhecidas e requisitas do mundo. É concedida pela Green Building Council Brasil (GBC Brasil), entidade membro do World Green Building Council, que regula a criação de Conselhos Nacionais para o desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na construção civil.
Até o ano de 2030, o GBC Brasil se comprometeu a auxiliar o País a reduzir em 30% o consumo de energia e em 40% de água em edifícios.
Esta certificação pode ser aplicada em qualquer etapa de um projeto. São analisadas 8 dimensões. Elas possuem pré-requisitos e recomendações que, conforme atendidos, garantem pontos à edificação. O nível da certificação é definido de acordo com a quantidade de pontos acumulados, podendo variar de 40 pontos a 110 pontos.
Os níveis são: Certificado, Silver, Gold e Platinum.
Processo AQUA
O Processo AQUA-HQE é uma certificação internacional da construção sustentável. Foi desenvolvido a partir da certificação francesa Démarche HQE e é e aplicado no Brasil pela Fundação Vanzolini.
Para obter a certificação, o empreendedor precisa implantar um sistema de gestão do empreendimento (SGE) e também atender a 14 categorias de qualidade ambiental.
São elas:
- Relação do edifício com o seu entorno;
- Escolha integrada de produtos, sistemas e processos construtivos;
- Canteiro de obras de baixo impacto ambiental;
- Gestão da energia;
- Gestão da água;
- Gestão de resíduos de uso e operação do edifício;
- Manutenção – permanência do desempenho ambiental;
- Conforto higrotérmico;
- Conforto acústico;
- Conforto visual;
- Conforto olfativo;
- Qualidade sanitária dos ambientes;
- Qualidade sanitária do ar;
- Qualidade sanitária da água.
A avaliação da qualidade ambiental do edifício será realizada em pelo menos 3 fases:
- Pré-projeto;
- Projeto e Execução;
- Fase pré-projeto da Operação e Uso ou Fases Operação e Uso periódicas (para edifício em operação e uso).
A avaliação da Qualidade Ambiental do Edifício classifica o empreendimento nos níveis base, boas práticas ou melhores práticas, conforme o perfil do empreendimento.
Para obter o certificado, o empreendedor deve alcançar, no mínimo, um perfil de desempenho com 3 categorias no nível Melhores práticas, 4 categorias no nível Boas práticas e 7 categorias no nível Base.
Selo Casa Azul CAIXA
Em 2009, a CAIXA criou essa certificação para promover o uso racional de recursos naturais nos projetos que financia.
São 6 categorias, que englobam 53 critérios de avaliação:
- Qualidade Urbana;
- Projeto e Conforto;
- Eficiência Energética;
- Conservação de Recursos Materiais;
- Gestão da Água;
- Práticas Sociais.
Para receber o Selo Casa Azul, o projeto deve atender a 19 critérios obrigatórios. A cada critério opcional atendido, o empreendimento ganha o selo nível Bronze, Prata ou Ouro.
Bronze: atende aos 19 itens obrigatórios;
Prata: atende aos 19 itens obrigatórios, mais 6 opcionais;
Ouro: atende aos 19 itens obrigatórios, mais, pelo menos, 12 opcionais.?
Selo Procel Edificações
Criado em 2014, o Selo Procel Edificações, concedido pela Eletrobras, identifica os prédios com maior índice de eficiência energética. Ele pode ser obtido em qualquer etapa do projeto.
Para obtenção do Selo Procel Edificações, é necessário primeiro obter a Etiqueta PBE Edifica.
Agora que você conhece os principais indicadores de sustentabilidade na construção civil, você pode adotá-los em seus projetos.
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