Trabalhadores da construção civil estão sujeitos a um alto índice de acidentes. Devido ao alto risco das atividades desempenhadas pelos operários, muitas empresas da construção civil da estão investindo pesado em segurança no trabalho.

Com isso, neste post vamos lhe trazer dicas e insights importantes para você como responsável técnico de uma edificação conseguir fazer com que os seus colaboradores usem EPI. Além disso, trarei relatos de como criar uma cultura de trabalho seguro que reduzirá drasticamente o número de acidentes e danos a saúde em seu canteiro de obras.

Como fazer o construtor aderir?

Este é um desafio para quem se propõe a criar uma cultura de segurança. Muitos trabalhadores desta área estão acostumados há anos a trabalhar sem a devida preocupação com segurança no canteiro de obras. Certamente você já deve ter se deparado com frases como “eu sou cuidadoso” ou “nunca aconteceu um acidente”.

Apesar do cuidado e do bom histórico, todos nós estamos sujeitos a um acidente pois suas causas podem ser alheias ao nosso controle. Por exemplo, uma tábua do andaime pode quebrar ou uma marreta pode escapar da mão do seu colaborador. Nestes cenários, não existe um culpado ou uma impudência, mas o risco existe.

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Portanto, o uso de EPIs e EPCs é para se prevenir de eventualidades e acidentes além dos danos constantes que o ruído causa a nossa audição, danos devido à má ergonomia, etc. No entanto, a segurança no seu canteiro de obras não será garantida somente pelo uso de todos os EPIs e EPCs. Estes aliados a cultura de segurança, sim.

Antes de apresentar a você o case da criação da cultura da segurança na Brasil ao Cubo, vou listar alguns dos EPIs e EPCs mais comuns na nossa indústria:

EPC

  • Guarda corpo
  • Cones balizadores
  • Corrente
  • Fitas
  • Tela tapume com protetor de vergalhão
  • Placas de sinalização de segurança

EPI

  • Capacete
  • Bota com biqueira
  • Óculos
  • Protetor auricular
  • Máscara para corte
  • Máscara de solda
  • Luva de látex
  • Máscara anti pó
  • Máscaras químicas
  • Luva anti vibração

Cabe ressaltar que todos estes EPIs devem possuir o número de CA (Certificado de Aprovação) e estar dentro do seu prazo de validade. Devido à vida útil dos materiais dos EPIs, os mesmos têm um prazo de validade. Após o mesmo, perdem a capacidade de proteção para a qual foram projetados e certificados.

Treinamentos e Capacitações

Para se aumentar a segurança no seu canteiro de obra, você deve oferecer ou exigir os devidos treinamentos e capacitações de seus colaboradores. Desta forma eles saberão como ter um ambiente mais seguro, saberão identificar situações de risco e como mitigá-las ou evitá-las. Por isto, vale a pena dedicar o seu tempo ou seus recursos nisso.

A segurança no trabalho vai além dos EPIs. Ela depende do estado emocional de cada colaborador, do ambiente, do clima e da análise de riscos.

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Além da integração, o prestador de serviço tem, é claro, que ter os treinamentos e certificações específicas da sua atividade. Dentre estas certificações, as mais comuns são:

  • NR 18 Condições e Meio Ambiente de Trabalho
  • NR 35 Trabalho em Altura
  • NR 10 Instalações Elétricas
  • NR 12 Máquinas e Equipamentos
  • NR 11 Transporte, Armazenagem e Manuseio de Materiais
  • Além deste existem diversas outras NRs.

Outra questão interessante são as APR (Análise Prévias de Riscos) feitas para cada atividade; o DDS (Diário de Segurança) que relata o que foi feito no dia; a PT (Permissão de Trabalho) que deve ser feita pelo Técnico de Segurança do Trabalho da empresa e assinado pelo TST da Ambev diariamente antes de iniciar qualquer trabalho que tenha risco.

Além disso, é necessário apresentar planos de escavação e de tráfego e ARTs de qualquer equipamento que seja utilizado seja uma linha vida, um andaime ou uma estrutura provisória.

Houve um incidente, o que fazer?

Sabemos que devemos treinar e dar as proteções para que os incidentes não ocorram. No entanto, mesmo assim pode haver um acidente que pode ocorrer devido aos riscos com equipamentos de corte, trabalho em altura, trabalho com eletricidade, etc. Neste caso você e a sua equipe devem estar preparados.

A primeira coisa é capacitar ao menos alguns de seus colaboradores com as técnicas de primeiros socorros, imobilização e transporte de ferido. Com isso, haverá sempre alguma liderança para auxiliar em caso de emergência. Esta pessoa poderá auxiliar o ferido e também orientar os colegas de como proceder para levá-lo até um local seguro.

Deve haver na obra um kit de primeiros socorros e ao menos uma pessoa deve ter um telefone para chamar algum atendimento de emergência.

Dependendo do local e do risco da atividade, é necessário fazer uma simulação de uma emergência treinando a equipe na prática. Nesta simulação será transportada uma pessoa na maca, por exemplo, e feitos os procedimentos de imobilização e curativo.

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Além destes riscos de acidentes, existem as atividades que acarretam danos que são percebidos somente a longo prazo. Alguns destes são a exposição ao sol, desidratação, ruído e ergonomia. Por isso, deve se dar atenção também a estes fatores para garantir que a longo prazo seus colaboradores continuem saudáveis.

Por fim existe um fator que pode mudar de um dia para o outro e que você não percebe facilmente só olhando para seus funcionários. O fator emocional pode ser decisivo na segurança individual e por isso deve ser levado em conta na avaliação do risco. Pergunte aos seus funcionários de maneira aberta se estão se sentindo bem pra trabalhar.

Uma distração ou um mal-estar podem causar acidentes.

Tudo partirá do exemplo que você e outros líderes da obra darão. Se você se permite ser a exceção ou permite que convidados ou até mesmo o dono da obra entre sem EPI, a sua política será logo questionada e perderá força. Se você se manter fiel e exigir isso de todos sem exceções, como deve ser, você estará criando a cultura.


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