Russel Serviços é destaque em UOL Empreendedorismo

O empresário carioca Hugo Leonardo Russel, 33, começou a sua vida profissional como atendente em uma loja de bicicletas, aos 13 anos.

Depois de ser mecânico de motos, cobrador e motorista de lotação e motoboy, ele decidiu abrir a sua empresa, a Russel Express, em novembro de 2004, na cidade de Nilópolis (RJ), e iniciar a sua vida empreendedora. A empresa fazia serviço de entrega com motoboys.

Com ela, Russel faturava em torno de R$ 80 mil por mês. Disposto a mudar de área, abriu a Russel Serviços, em 2012, e começou a oferecer mão de obra como pedreiro, ajudantes de carga e descarga, auxiliar de serviços gerais, motoristas de caminhão, soldadores, cozinheiros, entre outros, para as empresas que atendia com o serviço de motoboy. Ele manteve as duas empresas até 2014, quando decidiu fechar a Russel Express. No ano passado, ele faturou R$ 6,4 milhões com a nova empresa. O lucro não foi revelado.

Chefe atrapalhado motivou negócio

Russel afirma que a ideia de começar a empreender surgiu ao observar o chefe da empresa de motoboys. “Era tudo tão desorganizado que eu me questionava como ele conseguia ganhar dinheiro trabalhando daquele jeito.” Ele decidiu, então, procurar um contador, abrir a própria empresa e começar a distribuir panfletos oferecendo o serviço. Russel diz que investiu R$ 1.000 para criar a marca, confeccionar uniformes de motoboy e abrir a empresa. Em pouco tempo ele diz que ganhou uma concorrência e passou a atender o Banco do Brasil no Rio de Janeiro. Com isso, chegou a ter 60 motoboys prestando serviço para a sua empresa.

Clientes começaram a pedir funcionários para ele

A ideia de abrir a empresa de serviço de mão de obra surgiu quando os clientes começaram a pedir indicação para ele. “Eles falavam que eu conseguia comandar muito bem os motoboys e perguntavam se eu não arrumaria uma copeira, pedreiro ou outros profissionais para eles. Eu comecei a fazer o serviço para agradar os clientes, que perceberam que em cinco dias eu resolvia o problema. Com isso, passaram a me indicar para outras empresas e o negócio começou a decolar.”

Para abrir a Russel Serviços, ele diz que investiu R$ 30 mil. O dinheiro foi usado para alugar e reformar um espaço e mobiliar o local. “Eu decidi fechar a Russel Express porque vi que oferecer mão de obra era mais rentável e exigia menos de mim, por isso resolvi encerrar as atividades da primeira empresa e me dedicar exclusivamente à Russel Serviços.”

No ano passado, ele criou um site e começou a oferecer o serviço de contratação de mão de obra também pela internet. A plataforma reúne cerca de 300 profissionais das áreas da construção civil, indústria, petróleo e gás, logística, energia, administrativo, hotelaria e varejo. Todos são registrados pela empresa. É possível fazer todo o processo pela internet.

O profissional mais barato, e também um dos mais solicitados, para contratar é um auxiliar de serviços gerais (R$ 75 a diária). O mais caro é um inspetor de ultrassom automatizado (R$ 2.551 a diária). Entre os profissionais que ele oferece na plataforma, estão:

Ajudante de carga e descarga (a partir de R$ 96,57 a diária ou R$ 3.621,86 por mês)

Almoxarife (a partir de R$ 190,22 a diária ou R$ 5.046,03 por mês)

Alpinista industrial (R$ 216,45 a diária ou R$ 6.493,85 por mês)

Ajudante de cozinha (R$ 310,71 a diária ou R$ 4.611,66 por mês)

Auxiliar de escritório (R$ 175,04 a diária ou R$ 5.032,73 por mês)

Franquia custará R$ 350 mil

Russel diz que vai começar a comercializar franquia a partir deste ano. A primeira unidade está prevista para ser aberta em São Paulo. Confira os dados fornecidos pela empresa:

Investimento inicial – R$ 350 mil (valor inclui taxa de franquia, capital de giro e custo de instalação)

Faturamento médio mensal – a partir de R$ 180 mil

Lucro médio mensal – R$ 45 mil (25% do valor do faturamento)

Prazo de retorno do investimento – em até 26 meses

Terceirização é uma tendência

Para Fabiano Nagamatsu, consultor do Sebrae-SP (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, a mão de obra terceirizada é uma tendência, e a reforma trabalhista que está em tramitação no congresso nacional pode fortalecer ainda mais esse mercado. “Já existem plataformas que oferecem serviço similar, mas ainda há muito mercado para ser conquistado. Por conta disso, o empresário deve buscar uma inovação constante. O seu banco de dados deve estar sempre atualizado e a gama de serviço deve crescer de forma a oferecer cada vez mais novos serviços.”

Sobre a franquia, o especialista diz que o empreendedor deve sempre avaliar a empresa e os números com cautela antes de assinar o contrato, principalmente no caso de novas redes.

Fonte: UOL Empreendedorismo

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