Os debates sobre a segurança de dados sempre foram muito intensos e tiveram um crescimento enorme, principalmente, ao longo da pandemia da covid-19 com inúmeros casos de roubo de dados e com o aumento do home office.

No Brasil e nos Estados Unidos, por exemplo, empresas tiveram que lidar com tentativas da Justiça de acessar informações com criptografia em serviços como o WhatsApp e aparelhos como o iPhone.

Os debates envolvem questões éticas, legais e sociais. Os usuários possuem mesmo o direito de privarem qualquer pessoa – mesmo os oficiais de justiça – de acessarem os seus dados? As empresas não deveriam criar backdoors para que as forças da lei possam verificar os registros de uma pessoa?

Independentemente das respostas para essa pergunta, a verdade é que a criptografia se tornou fundamental para as comunicações digitais.

Sites de compra, serviços de comunicação, plataformas de cloud computing e uma outra infinidade de aplicações que hoje possuímos só são consideradas confiáveis por terem as suas comunicações e arquivos criptografados.

Se você quer saber mais sobre a criptografia e como ela funciona, leia mais este texto!

O que é criptografia?

A criptografia é uma das técnicas de segurança bem antigas que engloba a “tradução” de uma mensagem para um conteúdo cifrado ou em uma codificação especial. Assim, as possibilidades de uma pessoa não autorizada capturar e conseguir acessar o conteúdo de um texto, arquivo ou mensagem pode reduzir de forma considerável.

Ao longo dos anos, diversas formas de criptografar uma mensagem foram desenvolvidas. As mais modernas surgiram, especialmente, para uso em operações militares. Entretanto, com a popularização dos sistemas digitais, os protocolos de criptografia tornarão-se padrão em várias ferramentas digitais.

Quais as diferenças entre chave pública e chave privada?

As chaves são um tipo de informação que funciona como um “cadeado”, permitindo que aplicativos ou sistemas digitais transformem o conteúdo cifrado em algo legível. A criptografia chave pública, também conhecida como criptografia assimétrica, é um protocolo que mistura uma chave secreta e uma pública para a comunicação em segurança entre dois aparelhos.

A chave pública pode ser utilizada para criptografar um texto ou para a verificação da assinatura digital (uma espécie de identidade virtual) do dispositivo que envia ou recebe a mensagem. Já a criptografia privada serve para a “abertura” de uma mensagem e a criação de uma assinatura digital.

A diferença entre as duas é que, a chave pública, pode ser divulgada publicamente, enquanto a criptografia privada é conhecida apenas pelo usuário.

As chaves dos sistemas de criptografia modernos normalmente são baseadas em algoritmos matemáticos de alta complexidade. Eles utilizam problemas da matemática, como a criação de números primos e logaritmos discretos para a criação de números grandes (normalmente com mais de 256 caracteres) para cada chave.

Desse modo, caso alguém consiga capturar uma mensagem, as chances da chave ser quebrada são praticamente nulas.

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Principais vantagens ao usar a criptografia

Proteger os dados armazenados em nuvem

Pelo fato do uso da computação em nuvem estar em crescimento gradativo, cada vez mais os fornecedores dessa tecnologia têm buscado investir em segurança para garantir que as informações não sejam acessadas por terceiros ou corrompidas.

Nesse caso, ao criptografar os dados guardados, eles ficam protegidos contra esses problemas.

Assegurar informações em trânsito

Milhares de dados se cruzam o tempo inteiro na rede, e mesmo com o uso de ferramentas adequadas é possível que mensagens sejam capturadas enquanto transitam na web.

Buscar proteger essas informações é necessário para impedir que registros sigilosos de clientes ou dados estratégicos fiquem nas mãos de cibercriminosos.

Por meio da criptografia o envio é feito e somente o destinatário consegue fazer o uso da chave para averiguar o conteúdo.

Impedir que a empresa sofra ataques

As estratégias dos hackers estão cada vez mais aprimoradas, e as tentativas de invasão e roubo de informações se tornam cada vez mais constantes por meio do uso de malwares sofisticados, por exemplo:

  • vírus: que é uma prática onde um código malicioso usa um programa hospedeiro para ser transmitido, como cópias piratas de softwares conhecidos;
  • cavalo de troia: precisa de uma ação do usuário para ser efetivado, como abrir um anexo de e-mail infectado;
  • worm: utilizam programas hospedeiros e brechas de segurança para disseminar na rede e infectar as máquinas;
  • engenharia social: nesse caso, os criminosos usam técnicas de persuasão para ludibriar os funcionários e ter acesso a senhas e informações sigilosas.

Nesse caso, os invasores vão optar por empresas que não estão protegidas contra o ataque de terceiros. E contar com a criptograma e demais ferramentas de segurança é um ponto dificultador para que as invasões ocorram.

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Como os dados são protegidos através da criptografia?

A maioria das comunicações modernas são realizadas por meio de um tipo de criptografia chamada criptografia RSA. Ela foi criada por professores do MIT e é considerada uma das mais eficientes já feita.

Assim como outros sistemas de criptografia, o algoritmo RSA utiliza um par de chaves para que a mensagem possa ser lida pelo remetente e o destinatário. Ao longo dos anos, esse algoritmo tem sido aplicado em vários serviços digitais.

Para empresas, métodos de criptografia como o RSA podem representar um grande ganho de competitividade e privacidade ao ampliarem a capacidade de gestores controlarem o acesso a informações internas.

Sistemas de armazenamento, por exemplo, podem ser criptografados. Dessa forma, ainda que uma pessoa não autorizada consiga penetrar o ambiente digital da companhia, ela não conseguirá ler documentos internos.

Já as comunicações por serviços como Telegram, WhatsApp, e-mail e demais sistemas que dependem da internet tornam-se virtualmente impossíveis de serem lidas por terceiros, mesmo quando a rede é comprometida.

Garantir que somente as pessoas certas possuam acesso aos sistemas de comunicação e armazenamento é algo vital para qualquer empresa. Em tempos em que ataques virtuais tornam-se mais complexos, possuir serviços digitais confiáveis é uma obrigação que, graças a criptografia moderna, tornou-se descomplicada principalmente com o uso do EDI.

Como se prevenir de forma adequada?

É importante que alguns cuidados sejam tomados para que a segurança dos dados se torne mais efetivas. Veja como!

Confira se os softwares estão atualizados

Atualizar o software vai contribuir para que ele fique protegido a longo prazo. Quando aplicativos e dispositivos são atualizados com frequência, conseguem aproveitar as melhorias disponibilizadas pelos fornecedores.

Nos dias atuais, a maioria dos sistemas mais modernos já realizam as atualizações automáticas para manter a segurança.

Confira se o site usa criptografia ao registrar informações na rede

Sem a criptografia, as informações pessoais inseridas em um endereço web ficará vulnerável. Para ver se ela está ativada, veja se há o desenho de cadeado localizado ao lado da URL.

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Crie senhas apropriadas

As senhas precisam ser levadas a sério. Por isso, é importante não colocar datas de aniversários, nomes ou demais ternos que sejam fáceis de descobrir.

Para criar senhas mais seguras, o adequado é misturar letras maiúsculas, minúsculas e números. Além disso, evite usar uma única senha para todos os acessos.

Não deixe de contar com os recursos adequados para gerar transações e troca de dados sigilosos protegidas, além de contar com todos os benefícios que essa ferramenta pode oferecer. Assim, você pode tornar a sua empresa cada vez mais segura e competitiva.


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