3D Render of a Fleet of Delivery Vehicles

Entre os inúmeros desafios de uma gestão logística eficiente, minimizar a depreciação de veículos da frota sempre se destaca como uma das tarefas mais difíceis e variáveis de se controlar. Afinal, são vários os fatores responsáveis por esse processo, e nem sempre cabe apenas aos gestores saber administrá-los.

O fato é que, naturalmente, assim que um veículo sai da concessionária, ele já perde seu valor de mercado. No entanto, a questão é buscar entender melhor essa dinâmica e, em especial, criar alternativas, cuidados e estratégias que permitam prolongar ao máximo esse a valorização do patrimônio.

E será que sua empresa consegue mensurar isso de forma eficaz? E o melhor, será que toda a equipe tem contribuído para que a depreciação de veículos cause menos impactos em suas rotinas?

Pensando justamente em esclarecer esses pontos e trazer dicas valiosas para a sua gestão de frotas, preparamos este post com vários detalhes e dicas de como reduzir riscos, custos e dores de cabeças com a depreciação dos seus veículos. Confira!

O que é a depreciação dos veículos?

A depreciação significa a desvalorização de um determinado bem. No caso da depreciação de frota, trata-se da desvalorização dos caminhões. Na prática, desde o momento em que o veículo sai da concessionária já está perdendo valor. O uso contínuo do caminhão contribui para que sua desvalorização aumente.

Quanto mais se usa um veículo, mais ele se degrada, uma vez que há mais fatores para seu desgaste, como a possibilidade de acidente, os danos das peças, o desgaste dos pneus entre outros fatores.

Mas o gestor deve ficar alerta, porque não é preciso trocar toda a frota por causa da depreciação. Novos caminhões deverão ser comprados apenas em situações críticas, ou seja, quando a produtividade tiver caído, existirem riscos à segurança da carga e do motorista, se necessário ampliar a frota e assim por diante.

Como calcular a depreciação de frota?

Há um conta muito simples de fazer para calcular a depreciação de frota, que ajuda o gestor a saber o valor que a frota perderá por mês. O valor obtido pode ser visto como um custo mensal fixo para o cálculo do frete, pois o frete também pode sofrer interferência da depreciação e interferir nela.

A fórmula é a seguinte: depreciação = valor de compra – valor de revenda / tempo de uso.

Veja um exemplo: um veículo valia, em 2012, R$60.000,00. Caso o gestor respeite o prazo médio para depreciação de veículos em geral, que é de 5 anos (60 meses), ele só trocou o veículo em 2017. Nesse ano, o valor de revenda do caminhão foi de R$40.000,00. Em 5 anos, houve uma depreciação de R$20.000,00.

Mas, para considerar a depreciação de frota como um custo fixo, é preciso usar a fórmula: depreciação = R$60.000,00 – R$40.000,00 / 60 = R$333,33 por mês.

Para saber qual é o preço médio de um veículo, o gestor pode recorrer à famosa Tabela FIPE, disponível na internet. Uma depreciação contábil também pode ser realizada, consultando a tabela definida pela Receita Federal que afirma que um carro sofre, ao longo de 5 anos, uma depreciação de 20%.

Na verdade, a frota brasileira tem idade média de 9,6 anos em empresas; e de 17,6 anos em caminhoneiros autônomos. Contudo, deve se considerar o risco de assaltos e acidentes nas rodovias, principalmente para os profissionais que trabalham por conta própria.

Na depreciação contábil, considerar que a frota de caminhões tenha vida útil de cinco anos pode não dar certo. O mais correto é considerar que:

  • Para veículos pesados, a média é de 8 a 10 anos;
  • Para veículos semipesados, a média é de 7 a 9 anos;
  • Para veículos leves, a média é de 5 a 7 anos.

No exemplo citado acima, seria necessário considerar um mínimo de 8 anos (96 meses) para calcular a depreciação contábil do veículo. Se ao final desse prazo, conforme a tabela da Receita Federal, o veículo tivesse depreciado aproximadamente 32%, o cálculo da depreciação de frota mensal seria feito com os seguintes valores: depreciação = R$60.000,00 – R$40.800,00 / 96 = R$200,00 por mês.

Entenda que, se em 5 anos, um veículo deprecia 20%, em 8 anos, a depreciação é de 32%. 32% de R$60.000,00 é R$19.200,00.

O valor que você cobra pelo frete é suficiente para fazer a manutenção dos veículos?

O frete é o resultado do cálculo do custo do transporte. Ele também influi na depreciação. No cálculo contábil da depreciação, um dos principais objetivos é o cálculo do frete que será cobrado do cliente — e também serve para a gestão do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ).

O frete deve ser calculado corretamente, de modo a assegurar a manutenção dos veículos. Caso contrário, o valor e o percentual de depreciação tendem a aumentar. Afinal, sem a devida manutenção, as peças e os componentes dos veículos se desgastam mais rapidamente, inclusive os pneus, aumentando a desvalorização da frota.

Há muitos fatores que devem ser analisados quando se calcula o frete. Despesas variáveis e fixas devem integrar esse cálculo.

Quais são as despesas variáveis

O peso e as dimensões

O peso da carga pode ser cubado (m3) ou bruto (kg). O frete calculado pelo peso deve priorizar o maior valor entre os dois fatores.

A distância

Pode-se aplicar uma tabela fixa, conforme o destino das entregas. Mas também é aceitável e mais comum considerar o valor por quilômetro rodado. Sempre em acordo com a tabela de fretes vigente.

A nota fiscal

Quando o valor da nota fiscal é muito alto, seu valor total pode ser levado em conta para calcular o frete. Isso é significativo principalmente quando as mercadorias transportadas têm alto valor agregado.

Os itens variáveis

As despesas variáveis incidem sobre itens como a manutenção dos caminhões, o combustível, os pneus, o licenciamento e a lubrificação. O preço pago aos motoristas também deve ser incluído quando se calcula o valor do frete.

Quais são as despesas fixas

GRIS

Uma cobrança relacionada à gestão de riscos. A finalidade é cobrir os gastos associados a ações tomadas no sentido de combater roubos e furtos de cargas.

Ad Valorem

Taxa que garante a carga enquanto ela não está em trânsito. Incide principalmente sobre cargas com valor alto.

Pedágio e diária

Dependendo da rota escolhida para fazer as entregas, pode incidir o pedágio. Esse valor deve compor o frete.

A diária ocorre quando o período de espera para a entrega ultrapassa o prazo esperado. Algumas vezes, para garantir o veículo, o cliente pede que o motorista aguarde a outra coleta ou o retorno dela. Deve-se cobrar uma taxa por essa espera.

TRT

A Taxa de Restrição ao Trânsito (TRT) incide sobre as entregas feitas em áreas em que existe restrições à circulação de veículos. Aplica-se especialmente às cargas transportadas por veículos pesados.

E como minimizar a depreciação de veículos em sua frota na prática?

Sabendo agora como calcular a depreciação de veículos e, principalmente, reconhecer os principais indícios e impactos para tal processo, cabe aos gestores de frotas buscarem estratégias e boas práticas para minimizar a velocidade dessa desvalorização contínua.

Para isso, há diferentes dicas e conselhos úteis que podem tornar sua gestão mais eficiente. A seguir, destacamos algumas delas.

Política de frotas

Elabore uma política interna sobre orientações, boas práticas, cuidados e, inclusive, penalizações em relação ao uso inadequado do automóvel.

Muito mais do que um ativo, o carro é um patrimônio de toda a empresa e, portanto, precisa ser conservado e ter seu uso bem aproveitado em suas funções.

Treinamentos

Invista em treinamentos e qualifique suas equipes no intuito de preservarem melhor seus veículos, se atentarem às boas práticas de condução e manutenção, além de seguirem na prática tudo o que foi estabelecido nas políticas internas da empresa.

Isso ajuda a manter mais qualidade nas operações, reduzir custos e a conscientizar e orientar seus funcionários.

Tecnologia de gestão

Hoje, falar em gestão eficiente sem o uso de tecnologias é quase que impossível. Para a gestão de frotas em especial, a implementação de um TMS (Transportation Management System) é estratégia indispensável para qualquer empresa que busca controlar, monitorar e tomar ações mais assertivas em suas operações.

O TMS permite gerir custos de forma mais eficiente, monitorar entregas, personalizar informações e dados (por motorista, carga, caminhão etc.), gerar relatórios gerenciais e calcular a depreciação de veículos com base em número exatos.

Enfim, essas são algumas dicas sobre como calcular a depreciação de veículos na frota de sua empresa, além de levantar os principais impactos e riscos que a ausência dessa prática pode acarretar para seu negócio. Como vimos, não há receitas prontas para tal procedimento, porém, o mercado dispõe de avançadas ferramentas e métodos, que certamente tornarão sua gestão muito mais eficaz.


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