A pandemia transformou o trabalho remoto numa realidade e a grande parte das empresas teve que adaptar seus processos a uma realidade onde grande parte da equipe está em locais separados o que gera enormes desafios para coordenação e festão de atividades.
Diante desse novo cenário, líderes de diferentes áreas precisaram se adaptar à nova realidade. das equipes remotas. Essa necessidade se torna ainda mais urgente a partir do momento que no começo, possíveis desafios eram relevados por que o home office era temporário, agora muitas empresas adotaram o modelo de vez e as mudanças na gestão terão que ser efetivas também a longo prazo.
Essa é uma realidade que tem se tornado bastante comum principalmente entre as equipes de TI que estão sendo alocadas a diferentes tipos de negócios sem necessariamente pertencer fisicamente ao local de trabalho onde estão os demais colaboradores.
Preparamos esse conteúdo para te auxiliar a superar esses desafios de gestão e entender as melhores práticas para manter a eficiência dos processos intactas mesmo com equipes trabalhando de forma remota. Confira!
A realidade do mercado de trabalho e a gestão de equipes remotas
De acordo com pesquisa da FIA Employee Experience, 90% das empresas nacionais abordadas aderiram a alguma modalidade de home office, em 2020. O que significa que o modelo de trabalho que já vinha sendo adotado por muitas organizações se consolidou de vez no país.
Isso significa que a alta performance na gestão de equipes remotas é um imperativo para os líderes. Mas, como saber se as escolhas em gestão de equipes remotas de TI estão levando a efeitos positivos no desempenho?
Para superar esses desafios é interessante estar aberto a rotinas mais flexveis de trabalho, que envolvem modelos híbridos, oferecendo autonomia aos profissionais para escolherer como, onde e quando realizam suas atividades, flexibilizando horários e locais de trabalho.
Tendo isso em mente, a seguir neste post vamos abordar os potenciais obstáculos na gestão de equipes remotas e trazer dicas para assegurar a produtividade e a motivação dos profissionais nesse modelo de trabalho.
Os potenciais obstáculos dos líderes na gestão de equipes remotas
No setor de tecnologia, um dos grandes desafios para manter um modelo de trabalho eficiente, é saber equilibrar pessoas, estruturas, processos e tecnologias. Com as mudanças no modo de trabalho, a coordenação dessas variáveis ficou bagunçada. Mesmo quando excelente, a gestão de equipes presenciais nunca será exatamente igual a dos times remotos.
Novos desafios foram impostos a líderes que precisaram fazer a gestão remotamente, muitos deles sanados facilmente, outros que demandam tratamentos contínuos. E, mesmo após um ano de home office, gestores de TI ainda costumam encontrar obstáculos ao gerir equipes remotas. Entre os principais, destacam-se:
- Falta de habilidade em lidar com diferenças culturais e de língua, no caso de membros de diferentes países: isso pode gerar nos profissionais um sentimento persistente de falta de representatividade, entrosamento e até a impressão de exclusão, gerando efeitos em bem-estar, síndrome do impostor e, no limite, pedidos de demissão.
- Falta de coesão do time, no que diz respeito à organização de tarefas e alinhamento das atividades, que precisam estar claras e coerentes às estratégias traçadas pelo líder.
- Falta de direcionamento conjunto para manter uma rotina saudável e fluxos de trabalho adequados para cada profissional, muitas vezes ocasionadas por falha na comunicação e dedicação às atividades inerentes à gestão.
- Falta de visualização do andamento das demandas de seus liderados, por falta de acesso às informações. Nem sempre uma supervisão a distância consegue acompanhar as atividades dos profissionais como no presencial.
8 dicas para gestão de equipes remotas
A liderança de equipe visa alcançar o alto desempenho dos profissionais e, para tal, a motivação de todos para que os esforços não se dispersem e haja espaço para a inovação.
No trabalho remoto, se os objetivos da gestão de equipe continuam os mesmos, os meios não. Os líderes de TI precisam adotar estratégias diferentes para fazer a gestão de equipes de forma eficaz.
Oito práticas vão ajudar você a gerenciar e apoiar uma equipe remota:
1. Assegure alinhamento aos objetivos de negócio
Mantenha a equipe alinhada em relação a todas as atividades que envolvem a área, certificando-se que estão todos na mesma página e fazendo uma relação direta entre as ações e os objetivos de negócio, a fim de dar sentido e relevância a elas. É importante que sua equipe se una em torno de um propósito e tenha uma visão única de onde quer chegar.
2. Estabeleça papéis e expectativas claras
Times remotos precisam ser orquestrados com mais cuidado, pois as trocas para alinhamento tendem a ser menores devido ao distanciamento entre as pessoas.
Durante o alinhamento, organizar as tarefas e dar nome aos donos delas é fundamental para que cada membro da equipe saiba exatamente o que fazer e quando. Isso evitará confusões, que ninguém fique sobrecarregado ou que funções ou atividades se sobreponham.
3. Dê visibilidade ao fluxo
Todas as demandas em curso precisam estar visíveis para todos. A gestão visual, baseada em princípios do lean thinking e no agile, para que todos saibam o que está acontecendo na equipe e em que ponto todos estão, será fundamental para isso. Implementar e treinar a equipe para usar metodologias como o kanban, scrum ou scrumban encurtará o caminho para a melhoria de processos.
4. Facilite a comunicação
Adotar ferramentas de comunicação eficientes para assegurar que todos os membros do time consigam se comunicar facilmente para obter informações que precisam e quando precisam é primordial para o bom trabalho no home office. É papel do líder manter as cadências constantes entre o time e encorajar, ativamente, as trocas em grupo, fazendo com que a equipe se mantenha unida e alinhada.
5. Crie relacionamento para além do trabalho
Embora seja difícil, sobretudo em times remotos, manter uma convivência para além do ambiente corporativo, é fundamental criar oportunidades de chegar ao nível pessoal, criando rapport e melhorando a relação entre líder e liderado.
Isso ajuda os profissionais a se abrirem mais a respeito de suas dificuldades no trabalho e a se ajudarem para, juntos, resolver problemas que, por vezes, podem estar atrapalhando o bom desempenho profissional.
6. Saber delegar e empoderar pessoas
Como no ambiente remoto é mais difícil para o líder supervisionar o trabalho de seus liderados, dar autonomia para os profissionais do time será importante para destravar certas demandas e oferecer oportunidades de aprendizado individual e em grupo.
O líder vai precisar treinar seu time para sentir confiança e deixar que o trabalho flua de maneira a atender suas expectativas.
7. Construa ou continue com rituais divertidos
Mesmo em home office, você como líder deve incentivar interações divertidas entre o seu time, como happy hours virtuais, rodas de conversa e eventos festivos e interativos. É importante que as equipes se conectem socialmente, independente das circunstâncias. Evidente que a presença deve ser opcional para que a conexão não seja forçada.
8. Reconheça o valor das diferenças
Como líder, saiba valorizar e liderar uma equipe multicultural, respeitando as diferenças de comportamento, idade, gênero, status social, e, inclusive, enfrentando barreiras de idioma.
Respeitar e valorizar as escolhas da equipe é abrir espaço para a criatividade e a inovação de times diversificados, eliminando fatores que afetam a capacidade dos membros de participar e contribuir cada vez mais na evolução do setor e da organização.
Tenha um parceiro para liderar remotamente equipes engajadas
Como vimos, a gestão de equipes remotas de TI apresenta alguns desafios que podem afetar a performance da sua equipe. No entanto, adotando boas práticas e sabendo usar as competências digitais de cada profissional fica mais fácil superar os obstáculos.
E o foco das lideranças será necessário. Ao que tudo indica, o modelo de trabalho remoto deve se estabelecer, e os gestores precisam estar preparados para manter o time engajado e produtivo seja no modelo híbrido, presencial ou home office.
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